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IV Seminário de Antropologia da UFSCar

                                                             20 a 23 de novembro de 2017

Hospedagem solidária  

 

Já estão disponíveis os formulários para interessadxs em hospedagem solidária. Confira!

Programação

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Guia aos participantes e caderno de resumos

A Comissão Organizadora do IV Seminário de Antropologia da UFSCar disponibiliza a todxs aquelxs que vêm de fora, ou que ainda não se adaptaram com São Carlos, um Guia com várias utilidades sobre a UFSCar e a cidade de São Carlos. Além do Guia, também disponibilizamos um Caderno de Resumos com todas as atividades do evento.

Nota em apoio à greve dos funcionários técnicos-administrativos da UFSCar

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Nós, da Comissão Organizadora do IV Seminário de Antropologia da UFSCar, vimos nos mostrar solidários e solidárias à greve dos funcionários e das funcionárias da área técnico-administrativa não só desta universidade, mas também a quem se mobiliza neste momento por todo o Brasil.


Não é nenhuma novidade os esforços para que a universidade pública e gratuita, junto de todo o funcionalismo público, sofra um desmonte em favor de políticas que restringem o acesso de brasileiros e brasileiras a uma forma de vida digna e promissora. Hoje, sentimos a imanência de que isso deixe de soar uma ameaça e se torne uma realidade, vide o cancelamento de bolsas de estudos na graduação, na pós-graduação e em projetos de extensão, junto do corte de verba que universidades públicas vem sofrendo, restringindo seu funcionamento de forma independente das leis do mercado. Lamentavelmente, este processo se faz presente em instituições de ensino tanto federais quanto estaduais depois de tempos promissores e da expansão do acesso à academia de pessoas dantes excluídas dela.


Consideramos que esse processo vem acompanhado de um amargor que tenta conservar os privilégios de estratos sociais que precisaram passar a dividir os espaços públicos com pobres, pretos e pretas, LGBTs e demais corpos abjetos orgulhosos de si, até então restritos a lugares subalternos e de menor prestígio. A expansão do acesso à universidade foi um projeto que é passível de críticas, mas, também, tem seus méritos. A garantia de que tais pessoas tenham a oportunidade de fazer parte da produção de conhecimento do país, é uma delas.

 

Porém, para que seja alcançado tal intento é preciso que os funcionários e funcionárias técnico-administrativos sejam valorizados e valorizadas em seus planos de carreira, tenham suas funções reconhecidas como de extrema importante para a produção científica nacional e na manutenção dos serviços das universidades que atendem as necessidades básicas do novo perfil de universitários e universitárias que vimos emergir nos últimos anos. É por essas e outras que nos solidarizamos à greve dos funcionários e funcionárias das universidades federais que ocorre neste momento. Assim como, também, nos solidarizamos a todas as mulheres que tiveram seus
direitos de escolha sobre suas maternidades negados, sem proteção trabalhista no momento da gestação e/ou por estarem sob o julgo de assassinas quando violentadas. Nos solidarizamos aos demais trabalhadores que perderam seus direitos trabalhistas conquistados e mantidos por longos anos em nosso país. Também nos solidarizamos com a população LGBTs, que ameaçada constantemente por suas condutas e desejos, se vê atacada por um Congresso Nacional preconceituoso e reacionário. Nos solidarizamos às pretas e pretos que a todo momento precisam de esforços extras para se fazerem presentes nos espaços de prestígio, dentro e fora da universidade. Assim, também nos solidarizamos às populações tradicionais, indígenas, quilombolas e ribeirinhas, que desde antes, são pressionadas pelas forças da bala, do boi e da bíblia. Também não podemos deixar de considerar os esforços e dedicação das funcionárias e dos funcionários terceirizados que dividem este espaço conosco e garantem que a universidade mantenha o seu funcionamento. É uma pena que esta categoria não seja valorizada e que tenha sido criada a partir de manobras para o enfraquecimento das mobilizações por garantias de um trabalhado digno e que, sob o julgo do capital, também se vêem vulneráveis às políticas retrógradas que todos e todas nós estamos sofrendo.


Por fim, manteremos a programação do IV Seminário de Antropologia da UFSCar por considerar que este é um espaço de produção de conhecimento e resistência frente à desvalorização da carreira acadêmica enquanto profissão, sendo solidárias e solidários às demais categorias de trabalhadoras e trabalhadores precarizados.

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Att,

Comissão Organizadora IV Seminário de Antropologia da UFSCar

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