GT 01 – Religiões no Mundo Contemporâneo
Local: Sala 30, AT-2 (sessão 01)
Coordenador: Allan Wine Santos Barbosa.
Debatedores: Dr. Hugo Soares (UNICAMP) e Dr. Adriano Godoy (UNICAMP).
O objetivo deste grupo de trabalho é construir um espaço de discussão que faça jus a diversidade do fenômeno religioso na contemporaneidade, característica que se reflete na diversificação das discussões antropológicas sobre o tema. Nesse sentido, busca-se incentivar debates sobre pesquisas que enfoquem a pluralidade de atores, materialidades, trânsitos, instituições e práticas do universo religioso, além de suas interações com a política, as relações de gênero e raça, os saberes tradicionais, o secularismo, entre outros contextos e diálogos. A partir do interesse e das submissões recebidas, formaremos mesas de discussão transversais às religiosidades particulares, para nas suas dinâmicas e conflitos buscar compreender os efeitos que tais práticas e discursividades produzem quando se articulam com os contextos sociais, epistemológicos e políticos em que se inscrevem.
GT 02 – Grafia, arte e imagem na Antropologia
Local: Auditório do LIDEPS (todas as sessões)
Coordenadora: Marianna Lahr.
Debatedor: Fabiana Bruno (UNICAMP) e Edgar Teodoro da Cunha (UNESP).
Este grupo de trabalho pretende reunir pesquisadores de graduação e pós-graduação que desejam discutir como a arte se faz presente em suas pesquisas, seja ela grafismo, fotografia, vídeo, performance, música, entre outros. O objetivo principal é explorar a multiplicidade da capacidade humana em expressar-se e suas potências técnicas, trazendo à tona diálogos que possibilitem refletir sobre os desafios metodológicos advindos da incorporação de diferentes mídias (fotografia, vídeo, desenho etc.) às anotações do caderno de campo e das etnografias. Pretendemos, assim, englobar trabalhos finalizados, que se encontram em andamento e projetos de pesquisa que tenham como objetivo extrapolar a grafia como forma de registro já tão recorrente na produção do conhecimento antropológico.
GT 03 – Olhares etnográficos sobre os indígenas no estado de São Paulo
Local: Sala da graduação do DFMC (sessão única)
Coordenador: Fábio Tuani.
Debatedores: Edmundo Peggion (UNESP/UFSCar); Amanda Danaga (UNIFAL/ UFSCar).
De acordo com o recenseamento realizado em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 41.981 indígenas vivem em aldeias e em áreas urbanas no estado de São Paulo, dispersos pelo litoral e interior do estado, na região do Vale do Ribeira e na cidade de São Paulo. Viver em São Paulo implica também em fazer parte da região considerada a maior do país em termos de desenvolvimento econômico e, somado a isso, envolve estar sob a constante ameaça de projetos e empreendimentos de infraestrutura de inúmeros e variados interesses como mineradoras, atividades turísticas, especulação imobiliária, atividades portuárias, ferroviárias, e outras mais. A despeito de todas as pressões, dados revelam que os indígenas dessa região têm conseguido conservar seus territórios e controlar o desmatamento em suas terras indígenas. No que se refere aos estudos antropológicos, por muito tempo esses grupos estiveram fora do campo de interesse com as pesquisas na área da etnologia privilegiando principalmente grupos de outras regiões, sobretudo a Amazônica. Atualmente essa realidade foi modificada e existem inúmeras pesquisas que centram suas abordagens sobre os povos indígenas que habitam o estado de São Paulo. Este Grupo de Trabalho pretende criar um espaço para reflexões que tenham como objetivo debater as questões referentes aos processos históricos e a situação atual dos grupos indígenas em São Paulo. Desse modo, busca-se compreender as formas de organização, os saberes, as práticas, as vivências, narrativas e histórias dos povos indígenas em São Paulo, acolhendo pesquisas e etnografias que abordem a temática, mesmo que ainda estejam em andamento.
GT 04 – Antropologia, Gênero e Sexualidade
Local: Sala 188, AT-8 (sessão 01); Sala 187, AT-8 (sessão 02)
Coordenador: André Rocha Rodrigues.
Debatedores: Wagner Xavier de Camargo (Pós-doutorando - UFSCar) e André Rocha Rodrigues (doutorando - UFSCar).
As pesquisas em gênero e sexualidade vêm se consolidando na Antropologia brasileira e tem ocorrido uma interlocução intensa entre antropólogos e ativistas advindos dos movimentos sociais. O continuado interesse pela temática nas últimas duas décadas nas Ciências Sociais brasileiras, ampliou e diversificou os recortes empíricos, caminhos analíticos e referenciais teóricos das pesquisas, consolidando um debate vigoroso. Seguem como características marcantes desse debate o rigor da pesquisa empírica e a refinada reflexão sobre a produção de corpos, sujeitos e direitos, e suas formas de regulação moral e jurídica. Esse Grupo de Trabalho pretende ser um espaço para o reconhecimento da multiplicidade de modos de vida que compõem o contemporâneo e que fazem a densidade de nosso tempo. A proposta do GT é debater trabalhos que apresentem reflexões teóricas e resultados de pesquisas sobre gênero e/ou sexualidade na Antropologia em suas diversas áreas.
GT 05 – Práticas esportivas e corporalidades
Local: Sala da graduação do DFMC (sessão única)
Coordenador: Diego Thomaz.
Debatedores: Carlos Eduardo Costa (Doutor em Antropologia Social pela UFSCar) e Yasmine Ávila Ramos (Mestranda em Antropologia Social pela UFSCar).
Práticas ditas “esportivas” se agregam a uma gama de atividades, cujos investimentos simbólicos no corpo são relevantes e que oferecem aos antropólogos incontáveis possibilidades investigativas, a partir de temas tais como as representações em torno do esporte e do corpo atlético, os processos de consolidação e aprendizagem de regras e técnicas, a produção de corpos e performances, a formação de atletas de alto rendimento, a biotecnologia aplicada ao esporte e a medicina esportiva, o lazer esportivo, os sentidos pedagógicos do esporte (saúde, educação, cidadania), os aspectos éticos e estéticos, as relações étnico-raciais, de gênero e entre classes ou estratos sociais, a conformação de públicos e torcidas que acorrem aos locais das competições, bem como de uma mídia esportiva especializada, entre outros. Se esses processos de “esportificação” e os investimentos simbólicos sobre o corpo demarcam e apontam para essas práticas e experimentações, observa-se também confluências entre práticas esportivas e processos sociais mais abrangentes nos contextos de institucionalização e profissionalização desses diversos domínios de atividades nas sociedades contemporâneas, como os modos e estilos de vida urbanos, as noções de individualismo, competitividade e meritocracia, a racionalização científica, a constituição de identidades contrastivas, a instrumentalização e usos das práticas corporais e esportivas por segmentos religiosos, econômicos e políticos, os grandes eventos esportivos e as entidades de regulação do esporte, entre outros. Assim sendo, as incursões metodológicas no enfrentamento destas questões a partir das atividades tomadas por “esportificadas” implicam um diálogo franco com outras subáreas dentro da própria antropologia, tais como a etnologia, antropologia da saúde, antropologia do corpo, antropologia da ciência e tecnologia, antropologia da juventude, antropologia urbana e antropologia das sociedades complexas.
GT 06 – Raça e Etnia
Local: Sala 180, AT-8 (sessão única)
Coordenadora: Sheiva Sörensen.
Debatedores: Victor Hugo Kebbe (Pós-Doutor em Antropologia Social pela UFSCar), Tamires Cristina dos Santos (Mestranda em Antropologia Social pela UFSCar).
O presente grupo de trabalho se debruça sobre dois dos principais marcadores da diferença que demarcaram o pensamento sobre o humano e a humanidade no final do século XIX atravessaram o século XX e adentram no século XXI, a saber os conceitos de Raça e Etnia na antropologia. Em consonância com as perspectivas contemporâneas sobre o tema, este grupo de trabalho procura selecionar pesquisas atuais já realizadas ou em desenvolvimento tendo como eixos norteadores a discussão sobre o estudo das noções de raça e etnia na antropologia social e áreas afins, como também das perspectivas acerca da etnia e etnicidade no contexto social contemporâneo. O grupo de trabalho também tem por objetivo discutir e fazer reflexões sobre a produção dos dispositivos discursivos como manifestações e expressões que movimentam esses marcadores da diferença, bem como os aspectos políticos atrelados à raça e etnia, abrangendo não só as políticas sociais de cunho afirmativo, como a mobilização política dos movimentos sociais e da sociedade civil.
GT 07 - Relações Afroindígenas (CANCELADO)
Local: Auditório do Departamento de Ciências Sociais (sessão única integrada ao GT 06)
Coordenadoras: Taíse Chates e Luisa Maria Ferreira.
Debatedores: Marina Guimarães Vieira (UFBA) e Ricardo Aragão (UFBA).
O continente americano foi palco de dois processos avassaladores que marcam não só sua história particular, mas a própria constituição do mundo moderno: o genocídio indígena e a diáspora africana. Estes processos vêm produzindo encontros, agenciamentos e relações surpreendentes. Ao que parece, a especialização disciplinar do campo das Ciências Sociais em torno da Etnologia Indígena, dos Estudos Afro-brasileiros e da Nation Building fizeram com que o tema fosse abordado sempre de modo tangencial e displicente, como um tema menor. Como apontam algumas etnografias, o termo “afroindígena” vem sendo utilizado por alguns coletivos, notadamente no sul da Bahia, como modo de autodeterminação, envolvendo questões de descendência, de origem mítica e de expressão política e cultural – cosmopolítica. O objetivo do GT é redimensionar as imagens tradicionais do Brasil como nação formada pela mistura harmoniosa das “três raças”, propiciando o desenvolvimento de reflexões acerca das teorias, métodos e posturas epistemológicas capazes de aproveitar o potencial desestabilizador dos pontos de vistas nativos como crítica à antropologia enquanto disciplina que se ocupa da alteridade.