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Mesas Temáticas

Mesa de abertura - "Reconhecimentos e políticas de equidade racial na pós-graduação" (Segunda-feira, 20/11/2017, às 19h)

Local: Auditório Bento Prado Jr.

Participantes: Dagoberto Fonseca (Unesp), Yara Alves (membro da Comissão Permanente de Ações Afirmativas PPGAS/USP), Jorge Vilella (Coordenador do PPGAS/UFSCar), Gabriela Nunes (graduanda em CSo UFSCar) - a confirmar

Mediadora: Clarice Cohn (UFSCar)


A mesa surge com a intenção de tornar visíveis as lutas do movimento negro por equidade. No contexto da pós-graduação há demandas por políticas de inserção de negras e negros nas mais diversas áreas de produção científica e na antropologia não é diferente. Nesse sentido, são fundamentais diálogos que contemplem questões como racismo institucional, políticas de inserção e permanência, reparação e equidade. A partir de revisões históricas, relatos e análises a mesa incita reconhecimentos. Com a comemoração de 10 anos do PPGAS/UFSCar e do Dia da Consciência Negra, a proposta da mesa é de trazer esse campo de discussão/ação para o Programa, e assim rever o fazer acadêmico vislumbrando uma universidade acolhedora da diversidade que tem sido tema de reflexão e atuação na antropologia.
 

Mesa 1 - "Rio Negro" (Terça-feira, 21/11/2017, às 9h)

Local: Auditório do Departamento de Filosofia e Metodologia das Ciências (DFMC)

Participantes: Aline Iubel (UFSCar), Melissa Oliveira (UFSCar), Pedro Lolli (UFSCar)

Mediador: Geraldo Andrello (UFSCar)

Coordenadores: Caio Monticelli (UFSCar), Gabriel Sanchez (UFSCar)

 

A área etnográfica do rio Negro, noroeste amazônico, será apresentada através das linhas de pesquisa de três antrpólogxs que atuam há muitos anos nessa região. Desta forma, cada qual fará uma apresentação de seus temas de interesse e pesquisa junto aos povos que trabalham. Assim, a mesa será composta por:

 

Aline Iubel – desenvolve pesquisas na área de territorialidades e gestões no alto RN; possui doutorado em Antropologia Social pela UFSCar com a tese Transformações políticas e indígenas: movimento e prefeitura no alto RN (2015);

Melissa Oliveira – desenvolve pesquisas na área de gênero e conhecimento entre os Tukano do alto RN; possui doutorado em Antropologia Social pela UFSC com a tese Sobre casas, pessoas e conhecimentos: uma etnografia entre os Tukano Hausirõ e Ñahuri porã, do médio Rio Tiquié, Noroeste Amazônico (2016);

Pedro Lolli – desenvolve pesquisas na área de práticas e saberes, xamanismo e política; possui doutorado em Antropologia Social pela USP com a tese As redes de trocas rituais dos Yuhupdeh no Igarapé Castanha, através dos benzimentos e das flautas Jurupari (2010);

Geraldo Andrello – será o debatedor/mediador, desenvolve pesquisas na área de história e situação contemporânea das sociedades indígenas no norte amazônico e nas questões socioambientais com as quais as organizações indígenas vêm se envolvendo desde a década de 1990. Nesse campo, atuou como assessor da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN) entre 1994 e 2008, colaborando em inúmeros convênios e projetos ambientais e culturais que essa organização desenvolve junto a vários grupos indígenas do Rio Negro, com apoio de órgãos de governo e agências internacionais; possui doutorado em Antropologia Social pela UNICAMP com a tese Iauaretê: transformações sociais e cotidiano no rio Uaupés, alto rio Negro (2004).

Mesa 2 – "PPGAS UFSCar 10 anos" (Terça-feira, 21/11/2017, às 19h)

Local: Auditório Bento Prado Jr.​

Participantes: Bela Feldman-Bianco (UNICAMP), Marina Cardoso (UFSCar), Piero Leirner (UFSCar)

Coordenador: Maurício Caetano (UFSCar)


Em comemoração da primeira década do Programa de Pós Graduação em Antropologia Social da UFSCar serão expostos os trajetos de criação e consolidação de um programa de pesquisa em antropologia, seus contextos e desafios.

Mesa 3 - Antropologia, Migrações e Deslocamentos (Quarta-feira, 22/11/2017, às 9h)

Local: Auditório do Departamento de Filosofia e Metodologia das Ciências (DFMC)

Participantes: Gil Vicente (UFSCar), Victor Hugo Kebe (UFSCar), Alexandra Gomes de Almeida (UFSCar)

Mediador: Igor José de Renó Machado (UFSCar)

Coordenadores: Gabriel Lopez (UFSCar), Fabrício Barretti (UFSCar), Alexandre Branco Pereira (UFSCar)

 

Esta mesa visa estimular uma perspectiva comparativa e global de deslocamentos para analisar os interstícios de poder e dominação na produção de desigualdades e suas relações com as violências do Estado no âmbito do Capitalismo global contemporâneo. O diálogo é encorajado entre as etnografias que lidam com diferentes deslocamentos (despejos, deportações, remoções, migrações etc.). Estamos particularmente interessados ​​em discutir as formas concretas pelas quais múltiplos regulamentos que são realizados por diferentes agências, não apenas o Estado, limitam certos deslocamentos ou instigam outros. Estamos interessados, também, nas estratégias das populações afetadas para construir resistências.

 

Gil Vicente – Pesquisador de Pós Doutorado – Departamento de Politica Científica e Tecnológica, UNICAMP – 2017; Doutor em Antropologia Social – UFSCar /Tsukuba University - 2016, atuando principalmente nos seguintes temas e áreas de interesse: Politica científica e tecnológica, Estudos Sociais da Ciência, Tecnologia e Energia, Filosofia Japonesa, Antropologia do e no Japão, Artes Marciais Japonesas, Construção e fragmentação do Corpo, Personitude, Subjetividades, Cibernética, Ciborgues, interfaces humano-máquina.

Victor Hugo Kebbe – Doutor em Antropologia Social pela UFSCar; ex-fellow de Japanese Studies/Intellectual Exchange da Japan Foundation (Tokyo, Japão); pesquisador associado da Faculdade de Educação da Shizuoka University (Shizuoka, Japão); pesquisador associado do Nanzan Anthropological Institute; Membro pesquisador da Japan Anthropology Workshops.

Alexandra Gomes de Almeida  - Graduada em Ciências Sociais pela Universidade Federal de São Carlos (2008); Mestre em Antropologia Social pelo Programa de Pós-Graduação de Antropologia Social (2011) pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Doutoranda em Antropologia Social também pela UFSCar e Pesquisadora do Laboratório de Estudos Migracionais (LEM - UFSCar).

Igor José de Renó Machado – Possui graduação em Ciências Sociais (1994), mestrado em Antropologia Social (1997) e doutorado em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas (2003). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal de São Carlos e pesquisador do Centro de Estudos de Migração Internacional. É coordenador do grupo de pesquisa CNPq "Antropologia das migrações", sediado no Laboratório de Estudos Migratórios, do qual é criador e coordenador.

Mesa 4 - As Políticas das Gentes e suas Lutas Anticonfiscatórias (Quinta-feira, 23/11/2017, às 9h)

Local: Auditório do Departamento de Filosofia e Metodologia das Ciências (DFMC)

Participantes: Karina Biondi (UFSCar), Yara de Cássia Alves (USP), Thaís Mantovanelli (UFSCar), Suzane Vieira (UFG)

Mediador/Coordenador: Jorge Villela (UFSCar)

 

Esta mesa é o resultado de um artigo que se intitula “Ecologias Políticas das multidões”. Este artigo mostrava como, em quatro etnografias, as suas autoras descreviam as formas, as práticas e os conjuntos conceituais elaborados por quatro formações sociais, distantes e heterogêneas entre si, contra o fim do mundo que os acossava muito de perto ou que já havia passado sob os seus pés e sobre as suas cabeças. A força de exaustão, no duplo sentido da palavra (extração e cansaço), dos modos contemporâneos de extração e gasto de energia conduzem à liquidação completa de modos de vida e dos territórios existenciais que não estejam submetidos a esse grande esquema heteromórfico que estabelece para o planeta uma nova face (ou era geológica) a que a geologia passou a dar o nome (impreciso) de Antropoceno. Essa mesa, composta pelas quatro autoras das etnografias citadas pelo artigo, esclarece que o problema não é o de uma espécie, mas o de uma civilização e que outros modos de vida são possíveis em meio à luta contra a calamidade que nos aguarda caso não consigamos construir uma outra intensidade e a constituição de outras linhas de existência.

 

Karina Biondi – Bacharel em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo, mestre e doutora em Antropologia Social pela Universidade Federal de São Carlos. Atualmente, é pós-doutoranda na mesma instituição. É também pesquisadora do Hybris - Grupo de Estudo e Pesquisa sobre Relações de Poder, Conflitos, Socialidades e de seu subagrupamento LEAP - Laboratório de Estudos sobre Agenciamentos Prisionais. Autora de "Junto e Misturado: uma etnografia do PCC", que teve sua versão em inglês publicada pela University of North Carolina Press sob o título "Sharing this Walk: An Ethnography of Prison Life and the PCC in Brazil”.

Yara de Cássia Alves – Graduada em Ciências Sociais pela PUC-MG e mestre em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo. Atua em projetos de pesquisa e extensão em comunidades quilombolas do Vale do Jequitinhonha- MG desde 2009, privilegiando temáticas relativas à família, casa e movimento. Atualmente, é aluna de doutorado da Universidade de São Paulo e desenvolve o projeto de pesquisa "Vivendo e aprendendo": Os processos de produção política de família, pessoa e conhecimentos em cozinhas quilombolas do cerrado mineiro", financiado pela Fapesp.

Thais Mantovanelli - Doutora pelo mesmo programa, em 2016 com tese em etnologia indígena sobre a relação dos Xikrin da Terra Indígena Trincheira-Bacajá e o Complexo Hidrelétrico de Belo Monte, na Amazônia paraense com o título “Os Xikrin do Bacajá e a Usina Hidrelétrica de Belo Monte: uma crítica indígena à política dos brancos”. Além da tese, parte da pesquisa entre o povo Mẽbengôkre-Xikrin da Amazônia paraense foi publicada na revista Mediações em 2016, em formato de artigo chamado “Os Xikrin da Terra Indígena Trincheira-Bacajá e os Estudos Complementares do rio Bacajá: reflexões sobre a elaboração de um laudo de impacto ambiental”. Além deste, outro artigo está aprovado para publicação na revista Fevereiro: “Narrativas Mẽbengôkre-Xikrin: a importância do fluxo das ágas contra o barramento do rio Xingu”. Conta ainda uma publicação no mais recente “Povos Indígenas no Brasil” publicado em 2017 com o título “Ngô beyêt: àgua suja, parada, morta”. Estão ainda no prelo dois capítulos de livro: “Casas de alvenaria e casa mẽbengôkre: concepções Xikrin sobre família dos brancos” e “Os Mẽbengôkre-Xikrin e as reuniões com os brancos de Belo Monte: críticas à ineficácia da política desenvolvimentista”. Pesquisadora vinculada ao Hybrys- Estudo e Pesquisa dobre Relações de Poder, Conflitos, Socialidades (UFSCar/USP), ao LE-E- Laboratório de Experimentações Etnograficas (UFSCar), ao Observatório de Educação Indígena (UFSCar).

Suzane de Alencar Vieira - Professora adjunta da Universidade Federal de Goiás vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFG. Antropóloga com atuação nas áreas de antropologia das populações afro-brasileiras, estudos antropológicos de comunidades quilombolas, antropologia política, ecologia política e antropologia da ciência. Autora do livro “Césio-137, o drama azul: irradiação em narrativas” (Cânone/FAPESP em 2014). Doutora em Antropologia Social pelo Museu Nacional da UFRJ (2015), mestre em Antropologia Social pela Unicamp (2010) e graduada em Ciências Sociais pela UFG (2007). Concluiu pós-doutorado no PPGAS/MN/UFRJ em 2017, com bolsa do CNPq. É pesquisadora vinculada ao Laboratório de Antropologia Simétrica (Grupo do diretório do CNPq). Atualmente, desenvolve pesquisa sobre práticas divinatórias em comunidades quilombolas do Alto Sertão da Bahia.

Jorge Villela - Graduado em Antropologia Social e Cultural pela Universidade Nova de Lisboa (1992), mestre em Antropologia Social pela Universidade Federal de Santa Catarina (1995) e doutor em Antropologia Social pelo PPGAS-/MUseu Nacional-UFRJ (2003). Pos-doutorado no Departamento de Antropologia na Universidade de Edimburg. Atualmente é professor Associado 1 da Universidade Federal de São Carlos, Pesquisador nível 2 do CNPq, co-líder do núcleo de pesquisa Hybris e coordenador do Laboratório de Estudos sobre os Agenciamentos Prisionais (LEAP). Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em Antropologia da Política. Atua principalmente nos seguintes temas: política, antropologia, violência, família e teoria antropológica.

Mesa de encerramento - "10 anos de PPGAS UFSCar: A crise e os papeis e desafios de antropólogxs e antropologias no Brasil" (Quinta-feira, 23/11/2017, às 19h)

Local: Auditório Departamento de Ciências Sociais (DCSo)

Participantes: Adalton José Marques (Universidade Federal do Vale do São Francisco), Antonio Guerreiro (Universidade de Campinas), Camila Mainardi (Universidade Federal de Goiás), Danilo Souza (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia), Maria Carolina de Araujo (Universidade Estadual de Londrina)

Mediador: Piero Leirner (UFSCar)


A conferência de encerramento do IV Seminário de Antropologia da UFSCar tem como proposta explorar a história do PPGAS UFSCar, desde sua criação até os dias atuais. Numa reflexão mais ampla sobre a antropologia brasileira como um todo, propõe-se, também, pensar no(s) papel(eis) que a antropologia e antropólogxs terão a cumprir diante do atual cenário pós-golpe: quais dos inesgotáveis caminhos da antropologia brasileira permanecem seguros? Comporão a mesa ex-alunxs do PPGAS UFSCar, que, ao compartilharem sucintamente suas trajetórias de pesquisa, compartilharão também os desafios do fazer antropológico que estão encarando, hoje, no Brasil: o corte de verbas na ciência e na educação e a própria perspectiva de criminalização da antropologia. As maneiras como as trajetórias acadêmicas de antropólogxs formados pelo PPGAS correlacionam-se ao atual cenário do Brasil é de interesse da comunidade acadêmica como um todo.

 

 

 

 

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