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Minicursos

Minicurso 1: Etnografias multiespécies: humanos e não humanos em engajamento.

Ministrantes: Gabriel Sanchez, Luisa Fanaro, Sarah Moreno, Tullio Maia (Mestrandos PPGAS - UFSCar)

21 e 22/11 - 17h às 18h30

Local: Auditório do LIDEPS

Debate clássico no interior da teoria antropológica, as relações entre humanos e outros seres não-humanos vem tomando novas formas dentro da disciplina, proporcionando encontros inesperados e novas perspectivas para se tomar as relações sociais e o que está para além delas. Dessa forma, desloca-se o ser humano do centro das atenções e passa-se a incluir outras formas de vida – animais, vegetais, fungos, protozoários, bactérias – e mesmo aqueles que estão no limiar entre ser ou não vivo, tais quais os vírus. As relacionalidades e conexões, assim, desdobram-se na criação e sustentação de laços, conhecimentos, relações, conceitos e novos meios de se engajar no e com o mundo. Sendo assim, humanos e não humanos coevoluem e co-constituem-se em seus mundos, trazendo uma gama de possibilidades de abordagem a partir do pensamento antropológico. Dá-se vez a pensarmo-nos à luz das “danças de encontros”. Desse modo, o presente minicurso propõe a discussão do tema dos engajamentos entre humanos e seres não humanos em duas sessões: primeiramente, tratando da teoria antropológica mais cara ao tema, perpassando por autores de destaque na área, como Tim Ingold, Bruno Latour, Donna Haraway, Eduardo Kohn e Stefan Helmreich. Em seguida, serão discutidas etnografias recentes, orientadas pelos encontros multiespecíficos em que humanos e não humanos só podem ser compreendidos se olhados como mutuamente constituídos e constituintes num emaranhado de vidas.

Minicurso 2: Caos Criador: antropologia, filosofia, magia e arte como ferramentas de criação de si mesmo e de novos mundos

Ministrante: Ulisses Ponte (Mestrando PPGAS - UFSCar)

21 e 22/11 - 17h

Local: (a confirmar)

O mundo dos feiticeiros e dos esotetistas, assim como o mundo das criações artísticas, nos oferecem um flerte com uma espécie de princípio que anuncia a “quebra de si mesmo”, ou, em outras palavras, o mergulho no caos como uma espécie de método criador. Os modos de existências espiritualizados da contemporaneidade nos fornecem elementos interessantes na formação de uma máquina-abstrata altamente original quando tratamos da questão da criação. É no sentido de nos deixarmos acoplar com estas máquinas espiritualizadas que poderemos pensar na produção da prática antropológica enquanto inventora e criadora. O misticismo, a arte, a magia e a filosofia, nos servirão de instrumentos reflexivos de nós mesmos enquanto produtores de artefatos antropológicos. Afinal, a antropologia se trata de uma ferramenta de composição da realidade que não se determina apenas pela análise e observação, mas também por criação e produção de novas possibilidades de vida. É neste sentido que devemos nos atentar para a produção de nós mesmos enquanto antropólogos, questão que irá revelar uma preocupação com os tipos de agenciamentos e acontecimentos que nós oferecemos a nós mesmos e que reverberarão no produto final de nosso trabalho.

Minicurso 3: Normas ABNT e introdução aos softwares de gerenciamento de citações e bibliografia

Ministrante: Allan Wine (Mestrando PPGAS - UFSCar)

23/11 - 17h

Local: Auditório do Departamento de Ciências Sociais

O objetivo deste minicurso é apresentar e desenvolver conhecimentos práticos acerca das normas ABNT de citação e construção de bibliografias, além da utilização do Zotero, um software que realiza tais tarefas de forma automatizada e que permite um gerenciamento de funções bibliográficas fundamentais para a atividade acadêmica. Para tanto, realizaremos um estudo das normas NBR 10520 e NBR 6023, visando apreender as determinações específicas da ABNT para, então, aplicá-las e automatizá-las por meio do Zotero. As atividades serão realizadas por meio de datashow, com acompanhamento e explicação de cada caso englobado pelas normas e sua aplicação no software. Pedimos, àqueles que puderem, que tragam seus próprios notebooks, embora também seja possível acompanhar a atividade por meio de anotações. O minicurso não requer conhecimentos prévios nem demanda noções avançadas de informática. Busca-se, em suma, que os inscritos adquiram conhecimento prático para organizar e gerenciar seus conjuntos bibliográficos da forma mais eficiente e menos custosa possível, a fim de autonomizar funções repetitivas e permitir o direcionamento de esforços para a atividade científica em si.

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